terça-feira, 7 de julho de 2009

Este reencontro não estava previsto. Melhor dizer: não esperado. Bar. Bebida. Cadeiras. Besteiras ditas ao vento. Conversas caladas. Conversas barulhentas. Reencontros em tantos desencontros. Onde pôr as mãos depois de tanto tempo, no copo ou no corpo? E o olhar nos olhos ou nos seios? O que dizer depois de tanto tempo sem dizer? E pra que o reencontro? pra que se jogamos tudo na geladeira? e pra que partir se já me parti em vários pedaços no virar da página?
O inesperado. O impensado. O reencontro. O olhar. As mãos. E eu perdida. Você rindo. Eu assustada e você também. A surpresa de te ver e você de me ver. Nas surpresas crescemos. Mas logo esquecemos. E logo rezamos. E logo nos resignamos. E logo nos compreendemos e logo nos esquecemos de nós e logo no vácuo percebemos: continuamos por que a vida é assim: uma criança aprendendo a andar.

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São Paulo, São Paulo, Brazil
A cada dia se reforça o discurso e a necessidade da Reciclagem de Materiais, eu respeito. Mas o que mais me atrai é poder dar forma e vida a objetos que estariam fadados às cinzas e a destruição: Reutilizar, Refazer. Respeito ao ambiente, às gerações futuras e aos próprios objetos. Somos uma totalidade. Não há como separar, o conhecimento popular, a arte a cultura, a história. O que nos une é a busca.